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quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Elza Lúcia Panzan fala sobre o Museu Brasileiro do Transporte

           Presidente da FuMtran conta os detalhes do projeto que sairá do papel em 2013
      O sonho de resgatar a história do transporte brasileiro e colocá-la dentro de um moderno  museu de concreto, aço e vidro está a pouco mais de dois anos para se tornar realidade. A ideia do Museu Brasileiro do Transporte é um projeto antigo, pensado há muitos anos pelo visionário e também um dos fundadores da Transportadora Americana, Adalberto Panzan (falecido há 16 anos), e a missão de criar e implantar o museu foi assumida pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT). Para isso, a entidade máxima do transporte no Brasil criou a FuMtran (Fundação Memória  do Transporte), uma Oscip (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público) que há quatro anos é presidida pela viúva de Adalberto Panzan e empresária Elza Lúcia Panzan, que mantém o mesmo entusiasmo pelo projeto. O Museu Brasileiro do Transporte já tem endereço: rodovia Dom Pedro I km 143, Campinas, SP. Confira a seguir a entrevista concedida pela presidente da FuMtran: 

Museu Brasileiro do Transporte que será construído às margens da Rodovia Dom Pedro I, em Campinas, S
Transporte Mundial – O museu será sobre o transporte rodoviário ou sobre todos os modais?
Elza Panzan – Os quatro modais, rodoviário, ferroviário, aéreo e aquaviário, serão representados de forma iguais, até porque não tem como contar a história do transporte brasileiro sem pensar em todos os modais e a CNT, entidade responsavel pelo museu, representa todos eles. No interior do museu estão projetados quatro espaços que lembram contêineres coloridos, cada um representando um modal diferente. Com isso, mostraremos a interatividade que há entre eles. A ideia é que o visitante tenha uma experiência com os elementos que fazem referência ao movimento gerado pelo transporte. 

TM – E como se chegou ao projeto atual do museu?
Elza Panzan – Chamamos cinco escritórios de arquitetura para concorrer e o Athié/Wohnrath foi o vencedor. Mas o museu foi pensado de dentro para fora. Primeiro, os museólogos, o professor Fabio Magalhães, responsável pelo conteúdo, o arquiteto Pedro Mendes da Rocha, cenografia, e Ana Helena Curti, curadoria, foram ouvir e conhecer os quatro modais para definir o conceito museológico e o seu conteúdo e, só então, conceber o projeto do edifício. E isso foi muito importante, pois em vez de termos um prédio para colocar coisas, faremos um prédio de acordo com o que queremos colocar lá dentro. Depois das pesquisas, todos os envolvidos ficaram tão entusiasmado, e o professor Fabio Magalhães chegou a dizer que não foi difícil encontrar o que colocar dentro do museu, mas selecionar o que será exposto nele. Além disso, queremos que o visitante tenha uma experiência desde a chegada. 
O hall de entrada lembrará o de um aeroporto, onde um painel eletrônico indicará as atrações, programações e exposições. Haverá exposições fixas e rotativas. Aliás, no final de setembro, o escritório Athié/Wohnrath conquistou quatro prêmios no IX Grande Prêmio de Arquitetura Corporativa. Um dos prêmios foi conquistado com projeto do museu, na categoria Obras Públicas-Cultural.

TM – O museu vai além do que contar a história do transporte? 
Elza Panzan – Sim, além de resgatar e contar a história, que hoje temos um fragmento aqui sobre rodovia, outro ali sobre ferrovia, mas não quem conte a história do transporte como um todo em um único lugar, também vamos mostrar tendências e valorizar todos os profissionais de todos os modais. Será um espaço para traduzir toda a complexidade e a riqueza de um setor fundamental para a economia nacional. E, também, vamos trabalhar a educação, principalmente das crianças, para que cresçam vendo o transporte como algo positivo e não como vilão.

TM – Como será trabalhada a educação das crianças?
Elza Panzan – O museu contará com uma parte interativa. As crianças vão entender sobre logística de forma simples. Por exemplo, como o alimento chega à mesa da casa dela, desde o momento da colheita dos grãos, passando pela indústria, pelo centro de distribuição e o supermercado, ou seja, como as cidades são abastecidas.

TM – O museu também terá um centro de convenções? 
Elza Panzan – Sim. Construir o museu será uma tarefa, e mantê-lo, outra. Precisamos ter uma fonte de receita para a sua manutenção e a ideia do centro de convenções surgiu pensando nisso. Campinas é uma cidade que tem apenas um local para eventos. Então, vamos alugar o centro de convenções, que terá uma entrada independente para eventos diversos, até casamento. No terceiro andar teremos um restaurante que poderá ser arrendado. E haverá estacionamento para 800 veiculos. Na construção, também levaremos em conta a sustentabilidade. Utilizaremos o máximo de materiais reciclados e vidros para aproveitar a luz natural. 
 
TM – Quando o museu estará concluído? 
Elza Panzan – A conclusão está prevista para o final de 2014. O nosso plano é começar as obras no decorrer do primeiro semestre de 2013.

TM – Qual a área construída, investimento e a origem dos recursos? 
Elza Panzan – Serão 19 200 m2, sendo 9 800 m2 para área de exposição e o centro de exposições em 3 pavimentos, mais 1 200 m2 para restaurante, administração e circulações e 8 200 m2 para estacionamento e apoio. Para a primeira fase, que englobará o início das obras, orçamos R$ 17 milhões e o projeto completo custará R$ 90 milhões. O recursos serão captados no BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e terá patrocínio da iniciativa privada. 
(Entrevista publicada na edição 112 da revista Transporte Mundial).

fonte: transportemundial

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